#28 - Vida Vivida [deixe de ser bobo]
Ana, minha psicóloga, já me ensinou muitas vezes: o julgamento diz mais sobre o julgador do que sobre o julgado
Edições anteriores…
#27 - [quando?]
#26 - [encontros finais]
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Sou uma mescla bem translúcida de força e fraqueza.
Se bem que esses adjetivos são bastante subjetivos.
Com o passar do tempo, comecei a considerar que minha sensibilidade não é sinônimo de fragilidade. Pelo contrário: talvez seja minha característica mais notória e, por incrível que pareça, a que mais demorei a compreender.
É que não me lembro com riqueza de detalhes, mas é provável que isso seja algo meu desde que me entendo por gente. Minha criação partiu da minha mãe, uma mulher sensível. Provavelmente tenha desenvolvido esse perfil até por tê-la como espelho.
Apesar de precisar ter sido ser forte quando ela ficou sozinha e me tornei "homem da casa", perto dos 10, sua doçura e maneira de lidar com tudo obviamente me influenciou. E, hoje, mais consciente de mim, acredito que essa casca dura e essa casca mole andam bem juntas e me definem.
Por que essa necessidade de ser viril o tempo todo?
Esse é uma patologia de sociedade.
Talvez por isso, quando mais novo, fui questionado sobre minha sexualidade, com base em estereótipos. Como se o mundo fosse composto apenas por héteros viris e homossexuais sensíveis. E, aliás, se a roda gigante da vida girasse assim, qual seria o problema?
Não à toa, a doença do julgamento inquisitório chega a matar pessoas por todas as bandas, todos os cantos.
Olhando para trás, e a quem sou e venho me tornando, agradeço, profundamente, pela maneira que tenho desenvolvido de enxergar o mundo. Até mesmo o jeito de ser e me comportar, essencialmente. E me orgulho das pessoas que não mudam baseadas no olhar alheio, somente para fazer parte daquilo que não deveriam se esforçar para caber.
Lembre-se: haverá sempre milhares para julgar. Pouquíssimos lhe estenderão a mão para dizer que tudo bem ser exatamente aquilo que você é, para te incentivar a batalhar por sua essência.
Mas, sabe...
Nesta semana perdi uma tia avó, dona do melhor bolo de fubá do universo. A Pá, filha dela, me emocionou quando disse que ela me deixou um recado meses antes de sua partida.
Tia Olga me aconselhou a "não ser bobo dos outros e seguir minha vida".
E, no fim das contas, é isso. Há coisas maiores a se preocupar do que opiniões/julgamentos daqueles que mal nos conhecem. Há que se distanciar daquilo e de quem não nos agrega mais, seja o período que for.
A vida pode ser mais bela a partir das nossas decisões.
ps: ela amava rosas, tinha um quintal que cuidava com bastante carinho — por isso a escolha da foto que ilustra a edição.
Aquela pausa esperta…
Um recado do tio Biden a quem me acompanha (essa news tá chique demais):
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Sem filtro - A principal recomendação de hoje é a entrevista do Mano Brown com o Casagrande, na atual temporada do Mano a Mano. São quase 2h30 de um bate-papo muito rico, totalmente transparente e repleto de boas histórias. Casão contou, por exemplo, dos momentos em que era perseguido pela Ditadura Militar quando jogava pelo Corinthians — dá pra imaginar que tem quem peça o regime de volta? Oh céus! Também abriu o jogo sobre a relação com a dependência química, um marco de sua vida. Vale demais acompanhar!
Nossas árvores - Achei de uma beleza singela a edição de 18 de novembro da TTMT, da
. O título do texto principal é "tempo de poda" e atravessa. Me fez lembrar com uma nostalgia recente, é verdade, de uma das minhas leituras mais bonitas deste ano, 'Ilha das Árvores Perdidas', de Elif Shafak. Vale o mergulho de sempre na news e no trabalho da Gaía!Lembrando que durante a Copa as seções ‘Leia-se’ e ‘Curtinhas’ vão “ficar para escanteio”. Criei essa nova, bem sazonal, para trazer alguns flashes e histórias que valem a pena… O intuito é contemplar curiosidades tanto para quem gosta, quanto para quem não é tão fã de futebol assim.
A internet não brinca em serviço, mané…
Brincadeiras à parte, que bom que a Copa também significa um deleite com os textos e preciosidade nas reportagens de Pedro Bassan.
- Esse aqui é, justamente, sobre o Casemiro (com E, o nosso volante, calma!)
Dependendo do horário que estiver acompanhando a news, isso se ainda for sexta, já já tem Brasil e Camarões, hein, às 16h, fica esperto… #sextou
E aproveitando o ensejo:
Ah, antes que me esqueça, o melhor do Brasil é o brasileiro, claro…
Um homem fazendo história junto de seus atletas…
Esse é Aliou Cissé, o comandante da seleção de Senegal. Ele já havia participado, dentro de campo, do feito senegalês inédito em 2002, quando os africanos passaram pela primeira fase e deixaram para trás ninguém menos do que a então campeão mundial França. Agora, Cissé volta a ser protagonista, mas do lado de fora, conseguindo classificar os Leões de Taranga às oitavas de final. A conquista é ainda maior sabendo que Sadio Mané, o craque do time, foi cortado às vésperas do Mundial. É bom de mais ver essas histórias, né?!
- Festa na capital Dakar: será que foi boa?
- Mesmo dando alegria ao povo, em meio às glórias, Cissé precisou ser uma fortaleza
- E teve mais país africano classificando pela segunda vez na história ao mata-mata
Reta final da seção e temos um misto de arte e fofoca… :x
Começando com o cantor-jogador belga Onana…
E se dizem que “quem canta os males espanta”, o meio-campista precisaria ter cantado muito mais na concentração da seleção. Por que será?
O clima ficou tenso entre os brothers…



Aliás, o programa Casos de Seleção pode ter impactado bastante o elenco dos Diabos Vermelhos, que já se despediram na fase de grupos — isso depois de uma grande campanha na Copa de 2018.
Por falar em eliminação, o Japão vingou o Brasil, deixando a Alemanha comendo poeira no grupo E. E o gol da vitória sobre a Espanha, que colocou os japoneses no topo da chave, TEM HISTÓRIA!
Essa aqui é da série “coitada da TV nova da Black Friday”…
E diminuindo um pouco das tensões belga e mexicana, encerro convocando a quinta série:
Me conta: o que tem achado da seção É Copa?
Con tu frente en mi frente,
con tu boca en mi boca,
atados nuestros cuerpos
al amor que nos quema,
deja que el viento pase
sin que pueda llevarme.Deja que el viento corra
coronado de espuma,
que me llame y me busque
galopando en la sombra,
mientras yo, sumergido
bajo tus grandes ojos,
por esta noche sola
descansaré, amor mío. (Pablo Neruda)
E para o au revoir de hoje… 🎵🎙️
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Com base nos critérios de recompensa do financiamento coletivo mensal, meu agradecimento especial a:
Mariana Maginador, Rafael Vieira, Camila Laister Linares, Bruno Rodrigues, Carol Magnani, Adelane Rodrigues, Rose Ferregutti, Fátima Castanho, Rogeria Portilho, Piero Vergílio, Lucas Pereira, Vitor Cavaller, Welliton Nascimento e Beatriz Souza.