Leia a edição anterior: [a rua é lição diária]

Estou bastante surpreso. É um sentimento acompanhado à mesma altura da felicidade por um marco: se você faz o “tipo britânico”, pontual, estamos a um dia de celebrar UM ANO que temos nosso encontro às sextas-feiras. Tudo começou em 27 de maio, quando fiz um convite a um passeio pelo meu olhar.
Caro(a) leitor(a), neste caso, marco não é apenas força de expressão. Uso essa palavra forte porque, de coração, não é fácil tocar um projeto pessoal durante todo esse período, conciliando com outros VÁRIOS compromissos.
Aos inscritos mais “fiéis”, de mais longa data, foram raros os #sextou sem receber a newsletter por e-mail. Em um ano, 48 edições produzidas e, agora, esta 49ª, além de duas especiais.
Espero que ao menos alguma delas tenha feito diferença no seu caminhar, pois, particularmente, considero muito significativo ter conseguido entregar tanto assim.
Eu sei, esses quatro parágrafos têm uma condução aparentemente carregada por um tom de despedida. Calma, não é bem assim. De antemão, esse não é o gran finale da news. O nome mais correto talvez seja adequação, recalcular de rotas, o que melhor couber…
Nada melhor do que aproveitar essa simbologia de “aniversário” do projeto pra essa redefinição.
Sabe, quando comecei, tinha alguns objetivos bem claros na mente:
Usar as edições como um desafogo de sentimentos;
Me conhecer melhor mergulhando em mares visíveis ou invisíveis, bravos ou tomados por calmaria, construídos pelas palavras que me compõem;
Se possível, transformar vidas — mesmo que minimamente — a partir das minhas reflexões, provocações, escritos.
Basicamente, lembro que era isso. Tanto que, em dado momento, numa sessão de terapia, conversava com a Ana, minha psicóloga, sobre a newsletter — inclusive, nossos encontros renderam altos temas. E, apesar das minhas inseguranças/dúvidas sobre continuar ou não, lembro da validação dela: “Qual era a sua intenção? Você tá cumprindo com ela, não tá?”
No meio do caminho, incentivado por algumas pessoas que frequentemente apoiam meu amor à escrita, cheguei a monetizar o projeto — com apoiadores e com o patrocínio inesquecível do Espaço Humanamente, de Sorocaba.
Afinal, apesar de prazeroso, sempre deixei claro que levava bastante tempo para pensar na pauta, fazer a curadoria de conteúdos etc — o que alguns acreditaram ser digno de retribuição financeira.
E aqui não é possível bancar o hipócrita: é claro que neste mundo em que somos um tanto reféns do capital, dinheirinho extra é bem-vindo, ainda mais quando chega por meio de algo que acreditamos, colocamos amor.
Tá, mas e aí?
Bom… Feita a introdução, vamos à parte prática. Tenho vivido uma fase de várias “demandas”. Uma nova fase profissional e pessoal, com um bocado de pratinhos pra equilibrar. E, nas últimas semanas, não tenho apreciado tanto minha dedicação à news.
Diferentemente de quando estava numa fase mais tranquila e flexível da vida operária e construía tudo com antecedência, percebi que ultimamente tem sido bem difícil, cansativo entregá-la semanalmente. O grande sinal foi quando escrevi uma “edição quase sem edição”.
Naquele texto, sinalizei sobre esse leque de compromissos que têm deixado tudo mais corrido.
E, pra não trair minhas convicções e desejos em relação ao projeto, aqueles lá do começo, já citados, é melhor e justo comigo tirar um pouco do pé antes afundado no acelerador. Não quero escrever edições e reflexões por mera obrigação. Pretendo colocar alma e coração, como é costumeiro.
Não à toa, semana passada não escrevi. Não sairia nada produtivo, senti que não rolaria. Doeu porque foi algo raro em um ano. Foram pouquíssimas sextas-feiras sem enviá-la. Mas, ao mesmo tempo, aliviou esse “respirar”, sabe?!
A única não tão aliviada assim foi minha mãe, minha audiência MAIS FIEL DO MUNDO, que no fim do dia me enviou uma mensagem:
Cadê o texto do dia? :(
Pra alegria dela, hoje tem texto do dia, embora numa toada incomum. É mais um aviso que seguiremos, mas sem tantos padrões, regras.
Nosso combinado continua sendo de ter encontros às sextas, mas bem provavelmente não a cada sete dias. Sinceramente, não sei se será a cada duas semanas, se a cada 20 dias, se uma vez por mês.
Em algum momento, saberemos. Sentirei a partir da necessidade das palavras que vão brotar do peito. Porque antes de escrevê-las, tenho a sensação de que as palavras já me escrevem. E elas nunca voltam vazias. Nunca passam sem deixar rastros.
Alguém sempre vai receber uma de minhas palavras, na hora certa, no meio do caminho. Quem sabe será você?!
Se possível, me conta nos comentários, ou respondendo esse e-mail:
- Qual foi a edição mais marcante até aqui?
- O que você mais gosta na news?
- Minhas palavras já fizeram a diferença?
Caso queira seguir apoiando ou ser um novo apoiador do projeto…
As edições por aqui envolvem muita responsabilidade, zelo, carinho… Pra contribuir, você pode participar do financiamento coletivo no apoia.se:
Agora, se gosta do conteúdo e prefere mais rapidez, também pode me fortalecer, no melhor valor ao seu bolso, por meio de pix para esdraspereiratv@gmail.com. Um ano depois, pix é tipo presente de aniversário da news? A ver… 👀 👀 👀
#ParaLer 📚 📚 📚
Estou prestes a terminar esse livro de Anne Helen Petersen. Se você nasceu entre 1981 e 1996, a leitura é ainda mais recomendada. Inclusive, essa leitura tem influência na minha observação sobre a necessidade de desacelerar um pouco mais.
#ParaVer 📺 🎬
Dia desses, tava de bobeira na sala da casa da minha avó e esse filme começou a passar. Me prendeu e emocionou, por isso a indicação.
Na moral…
O que mais tem pra hoje?
A Folha continua vacilando…
Desta vez, deixou passar uma informação não verdadeira na coluna de uma escritora das mais ‘hypadas’ do País. Erros assim são armas e tanto a alguns radicais por aí, ai ai ai ai ai…
E o medo de me tornar um…
Eli Teral e suas passagens televisivas: uma linha hiper tênue entre o brilhantismo e o brega
Pra fechar:
Não poderia terminar diferente.. 🎵🎙️
Se perdeu alguma edição anterior, não se preocupe:
Com base nos critérios de recompensa do financiamento coletivo mensal, meu agradecimento especial a:
Mariana Maginador, Rafael Vieira, Camila Laister Linares, Bruno Rodrigues, Carol Magnani, Adelane Rodrigues, Rogeria Portilho, Lucas Pereira, Evilazio Coelho, Welliton Nascimento e Beatriz Souza.
Até logo! 😘
Passou rápido esse ano, mas passou muito bem! E agora já dá pra fazer um livro "Vida Vivida II" com os melhores ou todos os textos, hein? Parabéns e apenas siga o que seu coração mandar! ;)
Foram várias edições marcantes nesse 1 ano. Difícil escolher só uma: a saga sobre "o que é ser grande" e "melhor dia da vida" são algumas que me vêm em mente. Que o projeto fique mais leve por aí e que venham novas edições, no ritmo que tiver que vir. Porque, te conhecendo, tenho certeza de uma coisa: ficar sem escrever você não vai haha. Vida longa à Vida Vivida no modo slow content :)