As aparentes trivialidades da vida me fazem querer permanecer vivendo por muito tempo. E também, como citei numa outra edição, me suscitam o sentimento de desejar utopicamente que algumas pessoas fossem eternas.
Há algum tempo eu não comia algo que surgisse como um acalanto ao estômago e à alma. Não é exagero dizer dessa forma. Costumo comer bastante a comida da mãe, que é sem defeitos. Mas a carne com mandioca da vó turbinou os prazeres gastronômicos recentes.
Estive lá no último fim de semana. O prato era parte do almoço de sábado.
O arrozinho bem soltinho, a carne molinha e a mandioca numa capacidade de derretimento no contato com boca e língua. Tudo num tempero de amor provocado por alguém especial demais. O caldinho que se formava na união arroz, carne e mandioca… Nuhhhh, era de um tempero difícil de descrever. É oficial: as avós têm superpoderes em várias esferas – o de cozinhar maravilhosamente é um deles, não é?
Apreciar as habilidades culinárias das pessoas pode alçar o patamar de pequenas (ou grandes?) alegrias da vida adulta. Se você está triste e come algo delicioso, é bem possível que o humor mude. Teste e verá. Isso não é papo sobre compulsão alimentar, um descontar na comida que certamente causa um efeito reverso, e sim a respeito da nutrição corporal e espiritual causada por alimentos inesquecíveis, feitos com pitadas infinitas do que há nos melhores corações.
O almoço de sábado representou uma parte de dois dias de paz, renovação de energias. Inclusive a vó ainda conseguiu adoçar mais o fim de semana, quando preparou aquele arroz doce inigualável, com pedacinhos de coco, numa cremosidade que talvez te cause água na boca mais uma vez ao ler esse texto.
No fim das contas, família é um dos grandes combustíveis para nos fazer seguir em frente. E convenhamos: se tiver direito a delícias que abastecem o paladar, melhor ainda.
Agora me diz você: o que uma comida especial pode representar?
Sabia que chego a gastar entre 4h a 6h de dedicação à produção da news? Então, se ela é importante no início da sua sexta-feira, ou seja quando você decide acompanhá-la, agradeço se puder apoiá-la financeiramente.
Se gosta do meu trabalho, você também pode fazer um apoio pontual e único ao projeto, na melhor quantia, aquela que cabe no seu orçamento, por meio do pix para esdraspereiratv@gmail.com.
Muito obrigado! ❤️
Dica aos amantes de futebol e boas histórias - A Netflix lançou recentemente o documentário que traz os bastidores da ida de Figo ao Real Madrid. O astro português deixou o Barcelona numa negociação extremamente tensa. O doc tem imagens da época, entrevista com o próprio Figo e também com os principais protagonistas da transação. Vale conferir!
J’aime Paris - Se por um acaso conhecer Paris já esteve como um de seus objetivos, você terá uma bela primeira impressão na série de vídeos que o meu querido Felippe Caetano fez por lá. Aliás, fique à vontade e se delicie com tudo o que ele produz sobre viagens porque esse amigo é um tanto incrível no que faz.
Nesta seção, vou deixar indicações que, se você decidir adquirir pelo link daqui, pode ser que me ajude com um percentual de afiliado. Isso não quer dizer que a recomendação seja aleatória, só com intenção de receber por isso. Vou indicar apenas o que realmente curti, ou soube que vale a pena por meio de alguém que confio.
Pequena Coreografia do Adeus - Aline Bei
Indiquei Aline Bei com ‘O peso do pássaro morto’ na edição #12 da news e agora volto a recomendá-la com o seu segundo livro. A escrita da Aline tem me atravessado como poucos conseguem. A facilidade com que ela parece desenvolver sua prosa poética é algo que espanta, no melhor dos sentidos. Que venham mais obras dela pra nos brindar.
📚 COMPRE AQUI - R$ 34,90 (físico) | R$ 29,90 (Kindle)
*valor sujeito a alteração conforme a data de acesso*
CONFIRA OS LIVROS MAIS VENDIDOS DA AMAZON
Para começar, aulas com o craque Bruno Rodrigues:

Às vezes, essa delícia aqui abaixo é tudo o que a gente precisa pra afastar e esquecer a sofrência:
Agora, se de repente o caos brasileiro te faz pensar em partir à Inglaterra e você gosta de uma boa cerveja, o momento não é dos melhores, sabia? Se liga porquê.
Aliás, já que por enquanto não posso viver na cidade dos meus sonhos, Londres, e sequer consigo tomar uma pint em temperatura ambiente em algum pub londrino, o jeito é espantar a tristeza com embalos “tiktokianos”…
O vídeo mais fofo que você vai ver hoje
O estômago chega a doer de tanto rir
Explicando bem assim, o português até parece fácil
The art of losing isn’t hard to master;
so many things seem filled with the intent
to be lost that their loss is no disaster.
Lose something every day. Accept the fluster
of lost door keys, the hour badly spent.
The art of losing isn’t hard to master.
Then practice losing farther, losing faster:
places, and names, and where it was you meant
to travel. None of these will bring disaster.
I lost my mother’s watch. And look! my last, or
next-to-last, of three loved houses went.
The art of losing isn’t hard to master.
I lost two cities, lovely ones. And, vaster,
some realms I owned, two rivers, a continent.
I miss them, but it wasn’t a disaster.
—Even losing you (the joking voice, a gesture
I love) I shan’t have lied. It’s evident
the art of losing’s not too hard to master
though it may look like (Write it!) like disaster. (Elisabeth Bishop - One art)
Gracias por estar aqui comigo! <3
Com base nos critérios de recompensa do financiamento coletivo, meu agradecimento especial a:
Mariana Maginador, Rafael Vieira, Camila Laister Linares, Bruno Rodrigues, Basílio Magno, Ana Maria Pivetta, Fátima Castanho, Mara Pereira, Rubens Pereira, Lucas Pereira, Vitor Cavaller, Welliton Nascimento e Beatriz Souza.
Share this post